Dúvidas da alma...





Ceticismo! Ah! Ceticismo... Porque sou tão perseguido por ti...
Porque tentas me fazer desacreditar da ordem da vida.
Porque tentas me fazer acreditar na desordem da lida!?
Será que ser cético nos faz melhores ou piores!? Em muitos momentos não acreditar nos traz o consolo que precisamos para deixar de seguir.
Sim, deixar a vida, deixar a lida, deixar um credo.
Sim, porque ser cético em muitos momentos é acreditar... Acreditar na realidade dos fatos e esquecer-se das imaginações dos credos.
Não quero mais acreditar em valores platônicos, ilusórios ou utópicos; valores que por vezes nos fazem estacionar na estrada da vida; valores que nos mantêm em muitos momentos no que é subjetivo e abstrato.
O cético não é um pirrônico ou descrente, e sim aquele que acredita no que é real e diretivo.
O cético acredita no desenrolar visível e notório da vida no seu todo.
A praticidade dos valores são os valores do cético.
O cético acredita na atualidade da vida, nas mazelas da lida causadas pela religiosidade da existência do homem.
A religiosidade abafa o cético e confunde o credo... O credo puro não é crer cegamente em um Deus que vê e que assiste o homem das arquibancadas de um cenário de arena, entendendo que tudo faz parte de um plano maior e sacado de sua vontade permissiva.
O credo puro vê, sente, prova, analisa, se realiza nos fatos e se concretiza nos atos.
O credo sem atos não é um credo de fato; é fingimento, hipocrisia, distúrbio do ritmo do coração, do cérebro, do eu interior, disritmia...!
Talvez esteja me tornando um cético... Talvez já seja um cético.
Talvez ainda não tenha chegado a nenhum conhecimento indubitável da verdade ou da ordem geral das coisas. Talvez ainda não domine o conhecimento da verdade.
Às vezes sinto que minha alma ainda não alcançou a ataraxia da vida, a tranqüilidade da alma, a serenidade de espírito...
É... ...; Eu preciso continuar buscando com moderação, com equilíbrio. Porem não quero deixar de cumprir com minha obrigação de pensador que pergunta, que questiona, que averigua os atos do Criador do cético, do Criador do crente, do Criador credo...!
Do Criador de todo mal e de todo bem que ainda há de ser criado.
É..., Às vezes sou cético... Às vezes sou crente...
E às vezes não sei quem sou ou o que sou... Essa é a minha vida, o meu eu.

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