UNIONISMO JAMAIS...!

Uma onda cresce desenfreadamente em nosso meio evangélico. Algo que denomino como UNIONISMO. Tal ideologia tem se proliferado e praticado de forma descomedida.
O unionismo é um sistema, um conjunto de princípios ou doutrina que preconiza a união (de forças, partidos, indivíduos e outros.). Também fala de um sistema que visa a união das igrejas cristãs
[1].
Tenho tido uma preocupação especial com alguns cristãos e teólogos, por sua maneira simpatizante de viver frente às novas filosofias de vida que tem se levantado em nosso meio secular; e o que é pior, os mesmos tem trazido tais conceitos de vida para dentro de nossas igrejas em forma de ensino, pregações e palestras.
Quando fazemos isso, estamos abrindo mão da verdade que detemos, cuja fonte primária é o Cristo ressurreto; pois o mesmo dissera em um de seus sermões,

“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. João 14:6

Perceber que, a maioria cristã tem se enveredado pelo caminho do unionismo é no mínimo “hilário”, pois me faz rir ao imaginar aonde o “cristianismo evangélico” vai parar com toda esta farragem eclética. Aliás, convêm dizer que alguns não aceitam mais serem chamados de “cristãos protestantes” e afirmam dizendo "tal título soa como algo estigmante, logo, isso não é bom para a imagem da igreja evangélica".
A verdade é que já deixamos de nos caracterizar como protestantes a muito tempo, nos tornamos cristãos calados para não protestarmos; e, quando abrimos a boca, é para nos amigarmos.
A igreja Católica Romana têm empregado muito de seus esforços para disseminar um movimento unionista chamado Ecumenismo. Mas para que toda esta confusão tomasse proporções imensas, foi necessário um pano de fundo, e acreditem! pois o chiste disso tudo é que parece ter iniciado nas plataformas protestantes. Joe E. Tarry, em seu livro “O engano do Movimento Ecumênico e Carismático” relata que no ano 1936, um cristão protestante, David du Plessis, que na época era secretário da igreja “Missão da Fé Apostólica”, na África do Sul, recebera a visita de um velho curandeiro
[2] inglês, Smith Wigglesworth, que tinha ido ali a convite de du Plessis para pregar. Então, em uma determinada manhã, Smith Wigglesworth entra no escritório de du Plessis e profetiza, segundo o escritor supra citado, a profecia era de cunho ecumênico e carismático. E se analisarmos outros livros, observaremos que Smith Wigglesworth, em seu tempo foi um aclamado pregador pentecostal. O remate disso é que hoje ocorrem pelo mundo grandes eventos como: congressos, fóruns e concílios, em torno de temas como “ecumenismo para paz mundial e outros"; nestas reuniões, líderes religiosos de todos os segmentos eclesiásticos e paralelos, juntos, buscam uma solução para o problemas religiosos mundo.
Naqueles dias de reunião, seus anfitriões clamam pela unidade, pela paz e pelo bem comum entre todos, sem distinção de, cor, raça, credo religioso, etc.
Acredito que, a solução para tais problemas não está em unidade de pensamentos religiosos ou praticidades sociais visando o bem e a fraternidade entre os povos, e sim, na crença que em meio a esse caos sócio-espiritual, nós poderemos nos livrar através da salvação que vem do Cristo ressurreto.
Quando eu observo a forma simpatizante com que nossos líderes e pregadores têm lidado com os adeptos dos ideais unionistas, percebo que estamos entrando em um terreno perigoso chamado “banalidade”, ou seja, as coisas estão ficando tão fúteis e comuns, que o segmento protestante tem se tornado mais um nome religioso no meio de um milhão de vários outros.
Urge dizer que, não fomos chamados por Cristo, para nos unificarmos em credo aos que foram chamados por Siddarta, Maomé, Allam Kardeck, Confúccio, Gandi e outros que ao unirem suas idéias, dizem que podem solucionar os problemas da humanidade.
Infelizmente, o diabo tem usado meios para tornar o cristianismo como “mais um conjunto de ideologias” que pode ou não ser descartável se não estiver compartilhando com outras idéias religiosas.
Reclamo também o fato de estarmos deixando de protestar para compartilhar. Não nos enganemos, todos sabemos que o diabo é mestre na arte do engano, e às vezes o mesmo usa de verdades bíblicas como pretexto para implantar as suas mentiras no meio laico e eclesiástico. E algumas de suas verdades preferidas que usa como base para encobrir suas dissimulações são aquelas que se encontram no NT. Vai aqui algumas dessas principais:

“Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim.”
João 17:23

“Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.” 1 João 3:11
“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” 1
João 3:18

“E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento. 1 João 3:23

“Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.”
Mateus 5:16

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” Marcos 16:15

“e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus.”
Mateus 10:7

Segundo o site www.christianpost.com
“Uma das verdades fundamentais do Ecumenísmo é eliminar qualquer tema de conflito entre doutrinas. Os seguidores de Wesley e os seguidores de Lutero (Metodistas e Luteranos), já dão as mãos a Católicos em torno de dogmas comuns. Na 19º Conferência Mundial pelo Ecumenismo um marco foi lançado na historia da Igreja, George H. Freeman, secretário-geral do Conselho Metodista Mundial, afirmou na ocasião que se estava a pisar “um novo território”, abrindo as portas para “o futuro das relações ecuménicas”. O Cardeal Kasper disse que esta assinatura representa “um dos maiores feitos do diálogo ecuménico” e citou Bento XVI para falar deste acordo entre as três Igrejas como “uma plena e visível unidade na fé

Será que estamos agindo coerentemente, quando lemos Mc 16.15 e o interpretamos partindo do pressuposto de “não recusarmos um convite para anunciar o evangelho, não importando quem o fez ou o lugar.” Sinto em dizer que fico em demasia constrangido[4] em não aceitar tal proposta ou convite. Talvez precise abrir mais a minha mente para enxergar de forma mais visionária ou salvífica certos grupos de pessoas. Ironicamente digo que talvez meus olhos precisem se abrir para entender o verdadeiro significado da mensagem de Cristo Jesus. Desculpem-me os mais humanitários e sensíveis à causa ecumênica, mas, dependendo do público, lágrimas não me convencem mais, menear a cabeça demonstrando aprovação não são mais suficientes.
Considerando o emocionalismo imperante em nossos dias, somente uma atitude em resposta a uma mensagem bíblica pode ser aceita, “a conversão por meio do arrependimento dos pecados em ato público”. Alguns podem concordar em me chamar de radical, mas a bem da verdade, é por causa de uns e outros que atualmente abraçam o liberalismo religioso ecumênico, que encontramos essa pândega religiosa em nossa atual sociedade eclesiástica. Alguns podem forçar as minhas palavras dizendo que estou defendendo o radicalismo evangélico. Ainda outros afirmam que eu não posso agir assim, pois nem o próprio Jesus deixava de ensinar nas sinagogas, por conseguinte, devemos fazer o mesmo.
Em resposta eu digos que nosso Salvador veio trazer e ensinar o "novo" que é afirmado nas Escrituras e que o povo judeu tanto esperam, para isso era necessário que adentrasse as sinagogas para provar e testificar pelas profecias de si mesmo. Ouso dizer que tal atitude não é mais necessário em nossos dias, pois tais meios já são dispensáveis e as circunstâncias não nos permitem mais. As intenções provenientes daqueles que são contrários à nossas doutrinas são totalmente heterodoxas. A malicia e os enganos perambulam em seus meios, buscam copiar e se familiarizarem conosco através de nossas liturgias, de nossas músicas, de nossos costumes e linguagem singular; e com isso nos vulgarizam cada vez mais dizendo que a novidade de vida que ensinamos não é diferenciada da que é divulgado em suas comunidades. Não devemos nos esquecer das palavras de Pedro o Apóstolo quando disse:

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.” 2 Pedro 2:1

Deixo a minha contribuição quanto a estes movimentos que considero perigosos para o povo de Deus. Faço um convite aos senhores Lideres eclesiásticos, que são simpatizantes ou não se importam com alguns destes movimentos, para que reconsiderem e busquem uma análise mais detalhado. Tenho certeza que encontrarão muitas falhas embutidas principalmente em nosso meio comum. Quanto a este humilde artigo, é uma pequena parcela literária de muito outros, pois existem dezenas de autores com artigos e livros de grosso conteúdo sobre o tema discorrido.

ex toto corde.
[1]Fonte (DICIONÁRIO AURÉLIO DE LINGUA PORTUGUESA BÁSICA)
[2] em linguagem regional
[[4] no caso em questão (forçado)

Um comentário:

sylasneves disse...

Prezado Pr. Cícero,

Graça e Paz!

Seu texto UNIONISMO jamais, apesar de bem articulado, não expressa coerência bíblica, teólogica e muito menos ecumênica.

O fato de alguém, simplesmente ministrar a Palavra na Igreja Católica não implica que este, esteja envolvido com o ecumenismo.

Em breve postarei no meu blog algumas razões por que não sou ecumenico, mas porque aceitei o convite da ICAR.

Pr. Sylas
http://sylasneves.blogspot.com/