Quem sou eu...

Quem sou eu... ... ...
Esta é uma indagação que percorre a minha mente e o meu coração todos os dias em que deito em meu leito.
A muito tenho delirado em uma busca frenética por uma identidade que justifiquem os meus feitos, os meus atos e as mazelas dos anos da minha vida. O que vivi sofrendo, o que chorei, os saberes e experiências que adquiri para que me servem!?
Padeci porque acreditei ou por que sou cético? Se duvidar de tudo não acreditando no superficial é ser cético; então eu sou. Sou um homem que crê sem medidas e cético desmedidamente. Às vezes chego aos limites do insuportável. Às vezes cedo facilmente em fazer o mal que não quero, e o bem que eu tanto busco este não faço.
Procurei saber, investiguei, averigüei os homens, esquadrinhei o meu próprio coração e descobri que sempre temos alguma máscara guardada debaixo de nossas mangas para nos valermos dela quando forçados. Somos intérpretes, vivemos de forma dissimulada; somos personagens comediantes em um romance chamado “Lida”. Quantas e quantas vezes nos encontramos no dilema em “ser ou não ser”. . .
A cruz e o punhal, por incontáveis momentos nos pressionam; o santo e o profano diuturnamente nos hostilizam e nos assaltam, nos deixando em cadeias, pobres, cegos e nus, sem ao menos com condições de pagarmos fiança, como efeito de atos tão premeditados. O que somos afinal? Réus inocentes ou culpados? Será que estamos realmente em condições de obtermos a absolvição sacramental ou sermos exonerados de tudo que fazemos? Eu entendi que somos condescendentes em tudo que despertamos em nós; logo se fazemos é por que queremos. Descobri também que o “Tornar-se” não vem pelo acontecimento incerto, ou pela casualidade, mas pelas opções que a lida nos apresenta e por aquilo que cobiçamos.
Somos incertos, hipotéticos, improváveis... Não somos precisos, não somos certos, em não admitir quem somos realmente... Eis a questão...
ex toto corde.

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