Reus em um tribunal sem Júri

Vivemos em uma sociedade onde as pessoas e autoridades não fazem bom uso das suas funções julgadoras.
Você pode ficar se indagando; como isso pode ser? Bom, é tudo muito simples. Geralmente tais episódios acontecem em lugares indevidos, sem a presença do réu, de acusações concretas, de testemunhas, de jurados ou de uma defesa.
Somos réus sem banco em um tribunal sem júri.
Isto, atualmente vem ocorrendo quase que de forma habitual nos setores governamentais. Tais coisas também têm se tornado bastante convencionais na práxis da Igreja.
Infelizmente, nós, que nos dizemos cristãos, temos permitido muitos atos estigmantes que tem marcado e deixado cicatrizes profundas no caráter e na idoneidade social da Igreja como comunidade.
Atitudes como, julgamentos premeditados e sem causa, sem fatos e sem testemunhas, tem nos colocado como réus sem em um tribunal sem júri. Pastores que, sem a presença dos réus, agem como juízes inclementes, manipulando um júri incauto e desprovido de fatos.
Um dia desses fui coadjuvante de uma típica cena eclesiástica, que se desenrolou assim... ... Em uma reunião com o pastor regional, o líder de congregação pergunta − Pastor, Qual é o nosso pecado? O pastor, que nos presidia na ocasião; de pronto, e de forma simples e fria, respondeu: Nenhuma −.
A bem da verdade, de forma despótica, aquele ministro estava tomando uma atitude que, lhe era conveniente e adequado.
Hoje em dia não é bom para líderes e pastores de um sistema eclesiástico corrompido, ter obreiros e cooperadores como nós, cujos princípios fundamentais são: o apego à verdade, a autoridade das Escrituras e a resistência à corrupção, a avareza e ao pecado. Aliás a Assembléia de Deus da missão em BH deveria retirar de seu Estatuto a subseção ιv (Das Infrações e Sansões Disciplinares), os artigos 28;29;30, e principalmente inciso ll. Uma vez que para o escândalo e vergonha do Evangelho, tais ações disciplinares e julgadoras não tem sido imputadas sobre os (também passivos de erro) pastores, líderes e presidentes do ministério.
O que mais me aborrece é; a situação desgastante em que fica a Igreja diante de toda esta falsa Corte com os seus “juízes” (Comissão de conselho e doutrina; Diretoria geral e seus pastores-fantoche), juntamente com os “jurados” (Cooperadores frouxos, Diáconos-bajuladores; presbíteros e evangelistas consagrados pelo dízimo e outras conveniências).
Estes patéticos obreiros são comprados por míseros valores.
A Igreja de Jesus tem sido tratada com descaso por essa máfia de pastores sanguessugas. Os mesmos, acham que não temos percepção espiritual suficiente para entendermos quão grande está, a corrupção e o pecado no meio deles, corroendo como um câncer podre e purulento.
Eu escolhi o tema deste artigo pela sua conveniência, pois ele me dá muita base para dissertar sobre as dificuldades que estamos enfrentando no seio da igreja.
Hoje em dia muitos cristãos têm se intimidado e, não tem levado em consideração o seu chamado de profeta dentro de sua Comunidade eclesiástica.
Infelizmente, também estamos vendo um descaso total por parte dos membros em relação a assuntos que deveriam ser do interesse de todos.
Alguns pastores oportunistas e irmãos leigos sempre dizem que certos assuntos não deveriam ser transferidos à Igreja. Alguns dizem que certas considerações deveriam ser resolvidas entre os lideres do ministério para não trazer escândalo ou gerar confusões. Que engraçado! Não é assim que a minha Bíblia ensina no tocante a julgamento de assuntos relevantes para a igreja (comunidade de cristãos). A Igreja é um corpo de jurados, que deveria julgar os seus problemas internos com base nos fundamentos da Palavra de Deus.
O Apóstolo Paulo, quando questionado sobre alguns problemas, sempre orientava às comunidades para julgarem seus males ou distúrbios sociais internos. Em 1Co 5.12, Paulo diz que a igreja, ou seja, toda a comunidade em reunião deve julgar os casos que são de seu interesse, e não somente o pastor e seus patéticos e bajuladores obreiros (digo isto em relação a ministérios contagiados e viciados pela corrupção).
Para nossa infelicidade, é isto que tem acontecido. A opinião dos irmãos da Igreja não importa, não vale, não é considerada; o que vale é a do pastor e sua corte julgadora. Acham que somos um bando de bobos que não percebem os seus ludíbrios.
Que Deus nos ajude e nos dê o escape destes lobos vorazes, destas aves de rapina, destes obreiros fraudulentos. 1Co 11.13.
Eu oro pedindo a Deus para nos ajudar.
Que Deus nos ajude a mantermos firme a palavra que tem nos dado.
Que Deus nos ajude e nos dê coragem, autoridade e sabedoria para continuarmos lutando contra os rudimentos deste mundo maligno.
Que as Escrituras continue sendo a nossa fonte de inspiração e protesto.
Que Deus nos ajude a sermos fiéis a ELE somente.



EX TOTO CORDE
Cícero F. de Souza 15-nov-08

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